Combustíveis

Mercado de petróleo na América Latina se recupera lentamente, aponta relatório da S&P Global Platts

Redação TN Petróleo/Assessoria
15/04/2021 12:09
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A demanda por gasolina e diesel na América Latina está aumentando gradualmente, porém a recuperação ainda é bastante lenta. É o que aponta o relatório “Previsão do mercado de petróleo da América Latina”, da S&P Global Platts. De acordo com o estudo, México e Brasil, os dois principais mercados da região, continuam apresentando números abaixo do esperado e a previsão é de que a demanda latino-americana por gasolina (incluindo biocombustíveis) atinja uma média de 2,42 milhões de barris por dia no segundo trimestre de 2021, 255 mil barris por dia a menos do que no mesmo período de 2019, ano pré-pandemia.

“A magnitude da recuperação da demanda para níveis pré-pandêmicos na região é bastante grande e provavelmente não alcançável em 2021, uma vez que a Covid-19 continua a afetar a mobilidade em vários países, apesar dos esforços de vacinação em andamento”, aponta o relatório.

Divulgação

O relatório ainda mostra que a demanda brasileira por gasolina/etanol também é relativamente fraca. A demanda por etanol hidratado em fevereiro ganhou impulso e atingiu a média de 385 mil barris por dia, aumento de 25 mil barris por dia em relação a janeiro, mas queda de 15 mil por ano. No entanto, o ganho veio às custas das vendas de gasolina C (gasolina misturada com 27% de etanol) que atingiu a média de 620 mil barris por dia no mês, cerca de 25 mil barris por dia a menos no mês e número nitidamente menor ano contra ano. Como o estado de São Paulo, maior mercado de combustíveis do país, está travado desde 6 de março, isso abalou as perspectivas de recuperação mais ágil da demanda por gasolina / etanol no país no curto prazo . “Com uma taxa persistentemente alta de infecções por COVID no país, o risco para nossa perspectiva de demanda é fortemente inclinado para o lado negativo, no curto prazo”.

Sobre o diesel, o relatório da S&P Global Platts aponta que, para o segundo trimestre de 2021, a demanda na América Latina será de 2,58 milhões de barris por dia, um aumento de 375 mil barris por dia em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No entanto, quando comparado ao segundo trimestre de 2019, a demanda, em 2021, é 130 mil barris por dia mais fraca. O estudo afirma que a demanda deve continuar em trajetória ascendente, embora não muito acentuada, mas que uma série de riscos podem impactar as perspectivas, o que inclui nível relativamente alto de preços do petróleo bruto e produtos refinados, falta de pacotes de estímulo econômico em toda a região, altos níveis de desemprego e teimosamente altas taxas de infecção de COVID, entre outros.

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