Oportunidade

Curso de Biotecnologia da UFSCar completa 10 anos formando profissionais de qualidade

Redação/Assessoria
05/12/2019 19:35
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A regulamentação do profissional da Biotecnologia e a ampla divulgação do curso são os principais desafios para a área e terá o apoio da Reitora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) no próximo ano. Os assuntos foram discutidos no B10Tec, evento em comemoração aos 10 anos do curso de Biotecnologia da UFSCar. Com o tema "Criar, Inovar e Empreender", o evento foi organizado para celebrar o passado e planejar o futuro da graduação em Biotecnologia da UFSCar e reuniu professores que contribuíram para a implantação do curso, alunos, ex-alunos, professores de vários departamentos, técnico-administrativos, coordenadores e ex-coordenadores.

A Biotecnologia é a ciência que utiliza processos celulares e biomoleculares para desenvolver novas tecnologias e produtos que ajudem a melhorar a vida e a saúde do planeta. "Os biotecnologistas possuem uma formação multidisciplinar e podem atuar nas mais diversas áreas do conhecimento, gerando novos produtos e processos que atendem as mais variadas demandas do mercado e que melhoram a qualidade de vida da sociedade. Como exemplo temos a produção de novos produtos farmacêuticos e terapias, biocombustíveis, criação de animais, produção de alimentos, conservação, biorremediação, entre outros", explicou a Coordenadora do Curso, Maria Cristina da Silva Pranchevicius, professora do Departamento de Genética e Evolução (DGE) da Universidade.

No mundo, as áreas de atuações, bem como o profissional biotecnologista, são amplamente reconhecidos e valorizados e a profissão é regulamentada. "No Brasil, o curso apesar de ser reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e ser muito concorrido nos processos de seleção, a sua regulamentação com a implantação de um conselho profissional próprio ainda está em processo de discussão. Isso, às vezes, traz uma certa "dificuldade" para alguns formandos que enfrentam o mercado de trabalho", conta a Coordenadora.

A Reitora da UFSCar, Wanda Hofmann, participou da abertura do B10Tec e destacou o papel da Universidade no apoio ao curso em prol da regulamentação e divulgação da profissão: "Os problemas complexos estão por todos os lados e precisamos de pessoas formadas na área de Biotecnologia, com olhar interdisciplinar, para procurar soluções criativas e encaminhá-las. A Biotecnologia deve ser reconhecida além da academia e precisamos nos unir para fomentar a regulamentação do profissional", disse a Reitora

Segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) de 2013, o Brasil ocupa a 12° colocação no ranking mundial em relação ao número de empresas de biotecnologia. A área ocupa aproximadamente 27% do mercado global e o Brasil se destaca por ser pioneiro na pesquisa e utilização de produtos agrícolas geneticamente modificados, além de desenvolver e comercializar conhecimentos de biotecnologia agrícola de ponta.

"Nós superamos os primeiros 10 anos. Agora, precisamos unir forças e trabalhar pela regulamentação da profissão. Ampliar a divulgação do curso, com apoio dos docentes e alunos, vai contribuuir para que as empresas e a comunidade enxerguem a área da Biotecnologia e todo o potencial que ela tem", apontou a reitora Wanda Hoffmann.

Biotecnologia na UFSCar - O curso da UFSCar é integral e oferece 40 vagas por ano. O ingresso é por meio do Sistema de Seleção Unificado (SiSU). No ano passado (2018), a nota de corte foi de 760.42, a mais concorrida entre as universidades que adotam o SiSU para ingresso neste curso. Na UFSCar o curso está entre os 10 com maior nota de corte. O curso recebeu nota máxima (5) em todas as avaliações realizadas pelo MEC desde que foi criado. Atualmente conta com aproximadamente 49 professores, de diversos departamentos da UFSCar.

A biotecnologia da UFSCar, através de seus estudantes, professores e técnicos, atua na Liga Nacional dos Acadêmico em Biotecnologia (LiNA Biotec), maior instância estudantil de Biotecnologia presente no País e que trabalha para integrar as graduações em Biotecnologia do Brasil, bem como lutar pela consolidação e regulamentação da profissão.

Dentro do LiNa, os estudantes desenvolvem várias atividades de extensão. É o caso do "BioTec em Foco", por meio do qual são realizadas palestras mensais para a atualização da área; há também o "BioTec na Escola", projeto desenvolvido para difundir o conhecimento biotecnológico nas escolas de primeiro e segundo grau. Além disso, os vários polos da LiNa realizam anualmente o Encontro Nacional dos Estudantes de Biotecnologia que, denominado Núcleo, conta com palestras, mesas-redondas, visitas a indústrias, apresentação de trabalhos científicos, discussões sobre a regulamentação, divulgação e atualizações do curso. No ano de 2018, o curso de Biotecnologia da UFSCar sediou o Núcleo 18, que contou com estudantes de Biotecnologia de todo o Brasil.

Os alunos da Biotecnologia da UFSCar, juntamente com outros estudantes da UFSCar e de outras Universidades e Institutos, também fazem parte do Clube de Biologia Sintética, e participam ativamente da Competição Internacional de Biologia Sintética (iGEM), que foi criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e promove o encontro de equipes de universidades de todo o mundo, para que apresentem os seus projetos sobre Biologia Sintética. Em 2019, a equipe da UFSCar ficou com a medalha de prata na competição, em 2015 com a medalha de ouro e, em 2014, com a medalha de bronze.

Além disso, os estudantes conduzem a Empresa Júnior Consultoria & Soluções em Biotecnologia, que oferece serviços para empresas com objetivo de aplicar os conhecimentos teórico-práticos adquiridos no curso sob uma abordagem empreendedora.

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