Economia

Crédito às Micro, Pequenas e Médias Empresas avançou a dois dígitos no primeiro semestre, divulga o BC

Redação TN Petróleo/Assessoria
16/10/2020 13:32
Crédito às Micro, Pequenas e Médias Empresas avançou a dois dígitos no primeiro semestre, divulga o BC Imagem: Divulgação Visualizações: 377

Ontem, 15/10, o Banco Central (BC) divulgou o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao primeiro semestre de 2020. O REF é uma publicação semestral destinada a apresentar o panorama da evolução recente e as perspectivas para a estabilidade financeira no Brasil.

A pandemia da Covid-19 continua provocando a maior retração econômica global desde a Grande Depressão. No ambiente doméstico, a pandemia interrompeu a tendência de recuperação gradual da economia, com um recuo significativo do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre e um declínio sem precedentes no segundo trimestre de 2020.

Nesse contexto, o mercado de capitais reduziu sua atuação e o crédito bancário ganhou protagonismo no financiamento às grandes empresas. O crédito às Micro, Pequenas e Médias Empresas, por sua vez, avançou a dois dígitos, fato que não ocorria desde 2013.

Diferentemente do comportamento do crédito às empresas, a pandemia provocou arrefecimento do ritmo de crescimento do crédito às famílias. A Covid-19 afetou negativamente a ocupação e a confiança do consumidor, e o comprometimento de renda das famílias elevou-se ainda mais e se aproximou do nível máximo observado em 2015.

Institucional

A rentabilidade dos bancos apresentou forte redução, notadamente em razão do aumento das despesas com provisões. Importante ressaltar que a pandemia eclodiu em um momento em que a rentabilidade bancária já havia se recuperado dos efeitos da recessão de 2015-16, o que permitiu a absorção de despesas com provisão em nível semelhante ao observado durante aquela recessão, sem transtornos para o sistema.

As medidas do Conselho Monetário Nacional e do BC foram importantes para preservar a solvência e a resiliência do sistema bancário no enfrentamento dos efeitos adversos da Covid-19 e para permitir que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) atravessasse o período agudo de estresse, sempre com baixo risco de liquidez. O nível de provisões para fazer face a perdas esperadas com Ativos Problemáticos é um dos mais elevados desde o final de 2014.

A atualização do teste de estresse para estimar os efeitos do choque da Covid-19 nos agentes da economia real demonstra impacto expressivo, porém menor que o publicado no REF anterior. O fator que mais contribui para essa melhora foi a recuperação dos fluxos de recebimento de vários setores da economia até agosto de 2020, após a queda acentuada em abril e maio. Esses resultados corroboram a capacidade do SFN para absorver os choques provenientes dos efeitos da pandemia, mesmo sob hipóteses severas.

Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

13