Balanço

Com EBITDA ajustado de R$ 2,05 bilhões, Energisa reduz custos e nível de endividamento em 2016

Redação/Assessoria
24/03/2017 16:08
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Mesmo em meio a um cenário econômico e político adverso, o Grupo Energisa obteve significativos resultados ao reduzir despesas com PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros), melhorar o perfil de endividamento e, ainda assim, evoluir na qualidade dos serviços e do fornecimento de energia, fruto de um robusto programa de investimento com foco em distribuição.

Como reflexo da bem-sucedida oferta pública de ações realizada em agosto, no valor de cerca de R$ 1,5 bilhão, o Grupo Energisa reduziu seu endividamento líquido em 3,2% em 2016, passando de R$ 6,2 bilhões, em dezembro de 2015, para R$ 6,0 bilhões em dezembro do ano passado. A relação dívida líquida por EBITDA Ajustado consolidado nos últimos 12 meses também melhorou, e passou de 3,2 vezes em setembro de 2016 para 2,9 vezes em dezembro de 2016. Vale ressaltar que, aproximadamente, 60% da dívida bancária do Grupo está atrelada ao CDI ou Selic e 20%, ao IPCA. A redução na taxa básica de juros e a convergência da inflação para o centro da meta poderão representar importante melhoria nas despesas de juros.

A gestão rígida no controle de custos permitiu a queda de despesas com PMSO em 10,3% no 4T16 - redução de R$ 62 milhões - e 1,1% no ano (queda de R$ 21 milhões), uma redução real diante da inflação medida pelo IGPM, que acumulou 7,2% no período.

“A melhoria nos resultados reflete o esforço da administração na contenção das despesas operacionais controláveis (gerenciáveis) do Grupo e demonstra uma gestão eficiente dos custos, mesmo com o aumento da inflação. Passamos por um momento difícil no país no ano passado, mas não fomos pegos de surpresa por este cenário, previsto, desde 2014, em nosso planejamento estratégico”, afirma Maurício Botelho, vice-presidente Financeiro e diretor de Relações com Investidores do Grupo Energisa.

A companhia encerrou o ano com EBITDA Ajustado de R$ 2,05 bilhões, aumento de 3,8% em relação ao montante de R$ 1,97 bilhão registrado em 2015. No quarto trimestre, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 575,2 milhões, incremento de 1,5% ante os R$ 566,5 milhões reportados em igual período do ano anterior.

O lucro líquido consolidado, em 2016, teve queda de 44,3%, fechando o ano em R$ 195,8 milhões ante os R$ 351,4 milhões registrados em 2015. No 4T16, o lucro líquido foi de R$ 35,2 milhões, redução de 77,8% em relação a igual período do ano anterior (R$ 158,4 milhões). É importante ressaltar que o resultado de 2015 foi impactado pelos ganhos pela venda dos ativos de geração, enquanto 2016 foi afetado por efeitos não-recorrentes, tais como a sobrecontratação de energia. Excluindo os efeitos da venda do portfólio de geração de energia, haveria um prejuízo de R$ 124,5 milhões em 2015.

Investimentos

A Energisa investiu, em 2016, R$ 1,6 bilhão, valor em linha com o ano anterior. O investimento em distribuição cresceu 6%, passando de cerca de R$ 1,5 bilhão, em 2015, para R$ 1,6 bilhão no passado. Os recursos foram destinados, principalmente, para ativos elétricos nas distribuidoras do Grupo, a fim de promover a expansão e reforço da rede e a melhoria contínua da qualidade da energia.

Para 2017, a Energisa planeja investir R$ 1,4 bilhão, dos quais R$ 1,38 bilhão nas 13 distribuidoras do Grupo em todas as regiões do país, com foco no atendimento de novas cargas e expansão das redes elétricas, manutenção e substituição de ativos elétricos, melhoria contínua da qualidade dos serviços, combate ao furto de energia e no programa de universalização de energia elétrica, na parcela que prevê o uso de recursos próprios.

Mercado

No ano, o consumo de energia (Cativo + Livre) nas áreas de concessão do Grupo totalizou 28.549,1 GWh, queda de 1,6% em relação a 2015, a primeira retração em 15 anos. Apenas em 2001, ano do racionamento, a queda foi mais acentuada do que a ocorrida no ano passado. Além da crise política e econômica, efeitos climáticos atípicos criaram um ambiente pouco propício para o crescimento do consumo.

No último trimestre do ano, as vendas totais caíram 2,5%, influenciadas pelas concessões do Centro-Oeste e Norte, áreas afetadas por temperaturas mais amenas, redução do uso de energia pelos irrigantes, menor nível da atividade econômica e quebra da safra de grãos ocorrida no ano. No entanto, é esperada a recuperação da produção agrícola em 2017. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2016/2017 deve bater um novo recorde nacional. As vendas de energia nas concessões do Nordeste foram destaque no trimestre, com crescimento de 1,5%.

Indicadores de qualidade

A prioridade dada aos investimentos em qualidade nos últimos três anos permitiu um avanço nos indicadores de fornecimento de energia nas distribuidoras do Grupo Energisa, expressos por duração e frequência das interrupções de energia (DEC e FEC). As empresas adquiridas em 2014, que pertenciam ao Grupo Rede, e algumas empresas que já pertenciam à companhia – Energisa Paraíba, Energisa Sergipe e Energisa Borborema – tiveram o menor nível histórico dos indicadores, comprovando a efetividade dos investimentos e do aperfeiçoamento de processos e sistemas, uma transformação, em especial, nas distribuidoras incorporadas recentemente.

Prova disso é que o Grupo Energisa teve cinco distribuidoras entre as dez melhores do país no fornecimento de energia, segundo ranking divulgado pela Aneel, no dia 17 de março deste ano. No geral, entre as 62 concessionárias avaliadas, as empresas adquiridas pela Energisa em 2014, no processo de compra do Grupo Rede, foram as que tiveram a maior evolução na qualidade do serviço em 2016, após processo de recuperação judicial conduzido pela companhia.

Os melhores desempenhos do DEC no ano passado ocorreram nas distribuidoras localizadas no estado de São Paulo: Energisa Bragantina (-29,7%); Energisa Caiuá (-27,9%) e Energisa Nacional (-22,6%) que, em 2015, haviam sido fortemente impactadas por condições climáticas adversas, provocadas pelo fenômeno El Niño. Vale destacar também as importantes reduções nas distribuidoras no Nordeste: Energisa Sergipe (DEC: -8,1% e FEC: -7,1%), Energisa Borborema (DEC: -10,7% e FEC: -16,7%) e Energisa Paraíba (DEC: -9,7% e FEC: -14,5%), que apresentaram menor nível histórico desses indicadores.

As distribuidoras da região Centro-Oeste também apresentaram significativas reduções, com destaque para os resultados na Energisa Mato Grosso, que encerrou 2016 com DEC menor em 6,67 horas em relação a 2015, uma redução de 22,1%, enquanto o FEC reduziu sua frequência em 9,87 vezes (-40,9%).

Perdas e inadimplência

As perdas totais consolidadas do Grupo Energisa em 2016 somaram 4.149,8 GWh, representando 12,38% da energia requerida, queda de 0,15 ponto percentual em relação ao resultado de setembro de 2016, e aumento de 0,41 ponto percentual em relação a 2015. No consolidado do Grupo, as perdas totais estão abaixo do limite das perdas regulatórias estipuladas pela Aneel.

Um dos destaques é a recente redução das perdas não técnicas nas distribuidoras da região Centro-Oeste. Em Mato Grosso, foram definidas novas rotinas de inspeção, aumentando a taxa de sucesso das operações de combate. Em 2017, novas equipes de combate à fraude foram incorporadas para dar continuidade a essa redução na área de concessão. Já na Energisa Mato Grosso Sul, que apresentou consistentes reduções ao longo do ano, vale destacar os resultados das medidas de blindagem de rede, a instalação do Sistema de Medição Centralizada (SMC) em aldeias indígenas e em áreas urbanas com alto nível de complexidade social e a intensificação do foco em regularização de ligações clandestinas. As perdas caíram de 14,27%, em setembro de 2016, para 13,72% em dezembro do mesmo ano.

Em 2016, a inadimplência foi 0,51 ponto percentual inferior a 2015, principalmente em função das reversões ocorridas em algumas distribuidoras, que somaram R$ 99 milhões, um importante resultado considerando o cenário de crise econômica que, em geral, leva ao aumento deste indicador. Entre 2015 e 2016, a taxa de arrecadação – que mede a quantidade de contas faturadas no universo das que são emitidas – permaneceu praticamente constante, encerrando em 97,68%.

Para mais informações, acesse: http://investidores.grupoenergisa.com.br/

Sobre a Energisa

Com 112 anos de história, o Grupo Energisa é um dos maiores do Brasil em distribuição de energia elétrica. Uma das primeiras a abrir capital no Brasil, a companhia controla 13 distribuidoras em Minas Gerais (Energisa Minas Gerais), Paraíba (Energisa Paraíba e Energisa Borborema), Rio de Janeiro (Energisa Nova Friburgo), Sergipe (Energisa Sergipe), Mato Grosso (Energisa Mato Grosso), Mato Grosso do Sul (Energisa Mato Grosso do Sul), Tocantins (Energisa Tocantins), São Paulo (Caiuá, Vale Paranapanema, Bragantina e Nacional) e Paraná (Força e Luz do Oeste).

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