Redação
Sanford Bernstein, uma das gigantes de pesquisa e de consulta do mercado óleo e gás no mundo, está prevendo que o preço do petróleo de cinco anos ficará na média de US$ 59 o barril, abaixo de US$ 73 previsto anteriormente. De acordo com analistas da empresa, o petróleo chegará e ficará em US$ 50 por barril até o ano que vem, e não aumentará para os US$ 70, como já havia sido divulgado anteriormente, nem vai para US$ 80 em 2021.
Mesmo quando os preços do petróleo caíram nos últimos três anos para abaixo dos US$ 100 o barril e foram para o em torno dos US$ 20 e, em seguida, flutuaram na faixa de US$ 40 para US$ 55 nos dias de hoje. Bernstein manteve firme a previsão de mercados apertados no futuro.
Há uma razão: é o petróleo de xisto dos EUA, a Líbia e a Nigéria também estão surgindo um grande salto na produção, o que está contribuindo para o superávit global do petróleo. Mas o xisto americano, em particular na Bacia Permian no Texas, está provando ser extraordinariamente produtivo. Os EUA se tornaram surpreendentemente um poder de exportação mundial de petróleo, levando 1 milhão de barris de petróleo ao mercado global.
Andy Hall, outro grande analista do petróleo, disse ao Financial Times que, enquanto os perfuradores americanos podem ganhar dinheiro com o petróleo a US$ 40 por barril - o que parece que muitos deles podem também - causa um grande problema para a Opep em cortar produção suficiente para empurrar o preço para US$ 60 e acima; como o cartel quer fazer.
Os baixos preços significam problemas fiscais para as grandes operadoras e seus países no mundo. Os membros da Opep exigem um óleo médio de US$ 64 por barril para equilibrar seus orçamentos. A Arábia Saudita precisa de US$ 84 por barril. O petróleo baixo para os próximos cinco anos significa também um aperto econômico na Rússia.
Fale Conosco
19