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A cadeia de processos econômicos envolvendo a geração de empregos no Rio de Janeiro, por Rubens Moura

Redação TN Petróleo/Assessoria
02/05/2024 09:43
A cadeia de processos econômicos envolvendo a geração de empregos no Rio de Janeiro, por Rubens Moura Imagem: Divulgação Visualizações: 696 (0) (0) (0) (0)

O capital financeiro permite que as empresas possam obter o crédito necessário para viabilizar projetos. Já os investimentos produtivos são opções rentáveis em ativos fixos de baixa liquidez, com qualidade no longo prazo e importante na economia por gerar produção, renda e emprego.

Apesar do Rio de Janeiro ser o segundo maior PIB, a economia fluminense é pouco diversificada e presa ao petróleo, gás e derivados. Essa dependência pode ser problemática devido ao alto risco na oscilação do valor e o comércio poderá sentir o impacto. A commodity também enfrenta desafios, pois a substituição pode ser complexa.

Isso não quer dizer que é recomendado abandonar os investimentos em petróleo e gás, mas não é aconselhável depender de recursos não renováveis. A demanda no curto prazo está caindo, porque a sociedade está exigindo meios sustentáveis para a geração de bens. O petróleo, em função das negativas da extração e da cadeia produtiva, gera um clamor social em busca de energias e fontes sustentáveis, menos danosas para a natureza e os seres humanos.

Cerca de 60% dos empregos são formados pelo setor de serviços, o restante é composto pela agricultura e indústria. As fábricas são responsáveis por gerar oportunidades de emprego de excelente qualidade e com remunerações atrativas, além de elevar as demandas de mão de obra.

O setor de turismo tem um potencial mal explorado, sendo um serviço indispensável na geração de emprego, mas falta investimento e profissionais preparados, principalmente, com conhecimentos em idiomas. A baixa qualidade no ensino básico e a falta de escolas técnicas são alguns dos fatores de risco para o desenvolvimento econômico.

Devido à falta de segurança, moradores e turistas encontram dificuldades para caminhar nas ruas, visitar pontos turísticos e polos gastronômicos. A questão urbana também deve ser levada em consideração, como as melhorias na iluminação, transporte público e logística.

Outro potencial da cidade carioca é o de serviços financeiros. Com os baixos rendimentos da poupança e o avanço do letramento financeiro, as pessoas estão buscando produtos mais diversificados. Há uma demanda elevada por corretoras e bancos de investimentos. Tal área exige analistas que entendam de economia, finanças, projetos e programação.

O setor da tecnologia da informação também está em crescimento, a nível mundial. Montar um centro de referência em programação para coleta e tratamento de dados, que serão transformados em informação para tomada de decisão dos gestores, são ações que demandam especialistas de qualidade técnica.

Esse tipo de formação gerou demandas externas por profissionais. Na Alemanha, por exemplo, uma empresa contrata um programador por US$10 a US$15 mil. Já no Brasil é possível contratar o mesmo profissional por US$5.000. Para a organização contratante será uma economia.

O Rio de Janeiro está começando a melhorar a captação de investimentos para as áreas mais deficitárias. O programa de recuperação de financiamento de dívida está diminuindo o déficit público, o que pode fornecer uma sensação de segurança para o investidor aplicar o capital com previsão de lucro. Em um Estado organizado, austero, enxuto, e cuidadoso com o dinheiro público, os donos do capital sentem confiança. O empresário não deseja ter a incidência de novos impostos e burocracia para cobrir no meio do projeto.

Os planos são arquitetados para melhorar a alocação de recursos, ou seja, as ações necessárias para o crescimento e o desenvolvimento de uma nação. As preferências das áreas em destaque e ascensão, começam pela indústria criativa, turismo e serviços financeiros. O Rio de Janeiro é um estado que representa o Brasil e a cultura. Diante desse papel, quando a cidade apresenta resultados ruins, o Brasil vai mal também.
 

Sobre o autor: Rubens Moura é professor no curso de Ciências Econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio
 

*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.

 

 

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